quarta-feira, 31 de março de 2010

Tautologias I

Roy Lichtenstein. ART, 1962

Ben Vautier. Art, 1958

Gerhard Ruehm. Bild [imagem], 1955

Ben Vautier. Toile [tela], 1965

Kosuth. Neon, 1965

Kounellis. Untitled (Paint), 1965

Pierre Garnier


Prototypes Textes pour une Architecture, cinéma





O francês Pierre Garnier foi um dos criadores do letrismo.


Niklaus Troxler




Marty Ehrlick Quartet NY, 2006

Willem Breuker Kollektief, 1990

Bauernkrieg, 2003

É impressionante a versatilidade deste designer suíço, que explora técnicas diversas para o desenho de letras nos cartazes para o Festival de Jazz, do estêncil ao nanquim, passando por técnicas de colagem e carimbo.

terça-feira, 30 de março de 2010

Alex Trochut


"Ten ways to get a job"
ilustração editorial, 2008

Sofu Okabe



A era dos mitos: Animal Divino, 1961

Xavier Canals

A bela e a fera
s/t, 1979


Will Eisner


Exemplos de lettering em uma página de Spirit, do Will Eisner

sexta-feira, 26 de março de 2010

Diálogos entre linguagens

Lançamento neste sábado, 27 de março, às 16h na Editora C/Arte
Livro organizado pelas professoras da EBA/UFMG Maria do Carmo de Freitas Veneroso e Maria Angélica Melendi

quinta-feira, 25 de março de 2010

Uli Sanwald


Workshop Textmaschinen – Maschinentext 2x
Goldstein Staatliche Hochschule für Gestaltung Karlsruhe: Dr. Stephan Krass
Druckerei der Hochschule für Gestaltung

quarta-feira, 24 de março de 2010

Underware


Zigzag zombie, um dos typeworkshops do Underware, em Eindhoven, 2007
Assignment:
Keep folding material until lettering is finished
First the zigzag:
Take one long piece of material, and make letters by endlessly folding the material. Material can be anything: rolls of paper (easy for sketching), tape, thin metal, toilet paper, thin cardboard, etc. as long as it is long, and as long as you can fold it. Keep sketching and experimenting, and try to find different ways of creating letters with your material. Create a strong, outspoken, unique style.
Then the zombie:
Once you have found your specific visual style of lettering, go to the city, pick one location, and create a large scale zigzag lettering and make passerby's hallucinate.

domingo, 21 de março de 2010

Julien Breton

lumiere et fraternite

savoir exterieur


Caligrafia luminosa


Images réalisées sans trucage ni retouche.
Le principe est simple : L’appareil photo, posé sur un pied, prend une photographie en "pause longue". Ce qui veut dire que la photographie peut durer de 30 secondes à plusieurs dizaines de minutes en fonction de la luminosité du lieu choisi. C’est le même principe utilisé par les photographes pour photographier les trainées des phares de voitures sur le périphérique par exemple. Pendant ce long temps de pause, je construis des calligraphies à l’aide de lampes de différentes formes et couleur, en utilisant le décor comme "fond de toile".
L’encre devient lumière, le papier devient photographie, la calligraphie devient chorégraphie
(Julien Breton)

Ideogramas na China

O chinês, língua feita para a caligrafia* (1). A que induz, que provoca o traçado inspirado.

O signo apresenta, sem forçar, uma ocasião de voltar à coisa, ao ser que só precisa insinuar-se dentro, na passagem, expressão que realmente espreme.

Os chineses eram chamados a um outro destino. Por muito tempo o chinês havia sofrido, como em outros domínios, o encanto da semelhança; primeiro a próxima, depois a semelhança longínqua, depois a composição de elementos semelhantes.

Barreira também. Foi preciso saltá-la.

Mesmo a da mais longínqua semelhança. Curso sem retorno. Semelhança definitivamente para trás.

Abstrair é libertar-se, desatolar-se.

O destino do chinês na escrita era a absoluta não-gravidade.

Os caracteres evoluídos convinham melhor que os arcaicos à rapidez, à agilidade, à viva gestualidade. Uma certa pintura chinesa de paisagem exige rapidez, só pode ser feita com a mesma súbita elasticidade da pata do tigre que salta. (Para isso é preciso primeiro ter estado contido, concentrado, sem tensão no entanto*(2).)

Do mesmo modo, o calígrafo deve primeiro recolher-se, carregar-se de energia para liberá-la em seguida, descarregar-se dela. De um golpe *(3).

O saber, os “quatro tesouros” da câmara da literatura (o pincel, o papel, a tinta, o tinteiro) é considerável e complexo. Mas em seguida...

A mão deve estar vazia para não bloquear o influxo que lhe é transmitido. Deve estar pronta ao menor impulso assim como ao mais violento. Suporte de eflúvios, de influxo.

...De algum modo semelhante à água, ao que ela tem de mais forte e de mais leve, de menos perceptível, como são seus vincos*, que sempre foram um objeto de estudo na China.

Imagem do desapego: a água que não se prende, sempre pronta a instantaneamente partir de novo, água que, mesmo antes da chegada do budismo, falava ao coração do chinês. Água, vazio de forma.

Yy Tin, Yi Yang, tche wei Tao
Um tempo Yin, um tempo Yang
Eis o caminho, eis o Tao.

Caminho pela escrita.

Ser calígrafo como se é paisagista. Para melhor. Na China é o calígrafo que é o sal da terra.

Nessa caligrafia - arte do tempo, expressão do trajeto, do curso -, o que suscita a admiração (independente da harmonia, da vivacidade, e dominando-as) é a espontaneidade, que pode chegar quase até a explosão. Não mais imitar a natureza. Significá-la. Por meio de traços, impulsos. Ascese do imediato, do relâmpago.

Tais como são atualmente, distanciados de seu mimetismo de outrora, os signos chineses têm a graça da impaciência, o vôo da natureza, sua diversidade, sua maneira inigualável de saber se curvar, saltar de novo, se aprumar.

Como faz a natureza, a língua na China propõe à visão, e não decide. Sua escassa sintaxe que deixa a adivinhar, a recriar, que deixa lugar à poesia. Do múltiplo sai a idéia.

Caracteres abertos em várias direções.

Equilibração.

Toda língua é universo paralelo. Nenhuma com mais beleza que a chinesa.

A caligrafia a exalta. Ela perfaz a poesia; é a expressão que torna o poema válido, que avaliza o poeta.

Justa balança dos contrários, a arte do calígrafo, curso e percurso, é mostrar-se ao mundo. — Tal como um ator chinês que entra em cena, que diz seu nome, seu lugar de origem, o que lhe aconteceu e o que ele vem fazer — é revestir-se de razões de ser, fornecer sua justificação. A caligrafia: tornar patente pela maneira como se tratam os signos que se é digno de seu saber, que se é realmente um letrado. Deste modo alguém será... ou não será justificado.

Henri Michaux (tradução Paulo Neves)
(via janela-indiscreta)


Notas:
1-Mais que caligrafia, arte da escrita. Nas outras línguas, com exceção do árabe, a caligrafia, quando existe, é quase apenas a expressão de um tipo psicológico, ou, nas grandes épocas, de uma atitude ideal geralmente religiosa. Há austeridade, compostura rígida, uniformemente rígida, que produz linhas e não palavras, espartilho uniforme de nobreza, de liturgia, de gravidade puritana.

2-A meditação, o recolhimento diante da paisagem pode durar vinte horas e a pintura não mais que algumas dezenas de minutos. Pintura que deixa lugar ao espaço.

3-A elasticidade do tigre, mesmo em religião. No Tch’an, no Zen, é o golpe instantâneo da iluminação.




Aquilo que, parecendo garatujas, foi comparado a rastos de insectos, a inconsistentes vestígios de patas de aves na areia, continua a conter, inalterada, sempre legível, compreensível, eficaz, a língua chinesa, a mais velha língua viva do mundo....

A essa luz qualquer página escrita, qualquer superfície coberta de caracteres, torna-se fervilhante e transbordante... cheia de coisas, de vidas, de tudo o que há no mundo... no mundo da China

cheias de luas, cheia de corações, cheia de portas
cheia de homens que se inclinam
que se retiram, que se querem mal, que fazem a paz
cheia de obstáculos
cheia de mãos direitas, de mãos esquerdas
de mãos que se apertam, que se respondem, que se ligam para sempre
cheia de mãos frente a frente,de mãos na defensiva, de mãos ocupadas
cheia de manhãs
cheia de portas
cheia de água caindo gota a gota das nuvens
cheia de barcas que atravessam de uma margem à outra
cheia de aterros
cheia de forjas
e d'arcos e de fugitivos
e cheia de calamidades
e cheia de ladrões levando debaixo do braço os objectos roubados
e cheia de cobiçase cheia de nuvens
e cheia também de palavras sinceras
e cheia de reuniões
e cheia de crianças que nascem penteadas
e cheias de buracos na terra
e de umbigos no corpoe cheia de crâneos
e cheia de fossase cheia de aves migratórias,
e cheia de recém-nascidos — quantos recém-nascidos! —
e cheia de metais nas profundezas do solo
e cheia de terras virgens
e de vapores que sobem dos prados e dos pântanos
e cheia de dragões
cheia de demónios que vagueiam pelos campos
e cheia de tudo o que existe no universo
tal qual ou disposto de outra maneira
escolhido de propósito pelo inventor de sinais para estar junto
cenas para fazer pensarcenas de toda a espécie
cenas para oferecer um sentido, para oferecer vários,
para propô-los ao espírito
para deixá-los emanar
grupos para resultar em ideias
ou para se resolver em poesia....


Henri Michaux, Ideogramas na China, tradução de Ernesto Sampaio, Livros Cotovia (via last-tapes.blogspot.com)

quinta-feira, 18 de março de 2010

Joachim Schmid


Na próxima segunda-feira, o artista alemão Joachim Schmidt vai dar uma palestra no auditório da EBA/UFMG, dentro da Semana da Fotografia. Ele fará também um workshop com os alunos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Antonio Manuel

EXPOSIÇÃO DE ANTONIO MANUEL
(de zero às 24 horas nas bancas de jornais)

O texto acima é a manchete na primeira página do suplemento de cultura de O Jornal. O texto abaixo estava na capa do suplemento:

Antonio Manuel é um artista plástico que se tornou conhecido por suas propostas ousadas.
A mais conhecida, a mais comentada entre todas, aconteceu em 1970, quando ele resolveu que seu próprio corpo seria a obra. E o exibiu para um público entre curioso, divertido e estupefato.
Agora, Antonio Manuel surge com outra proposta: está esgotadao o ciclo das artes plásticas em galerias, em museus: se a arte, essencialmente, deve estar voltada para o público, para a massa, só terá sentido se feita através de um veículo de massa, de comunicação de massa.
A partir dessa premissa, resolveu ele cancelar a exposição que deveria ter sido aberta anteontem no Museu de Arte Moderna do Rio, para que um jornal - O JORNAL, no caso - fosse a exposição. Um jornal-exposição. Uma exposição que só dura 24 horas, o tempo que dura um jornal nas bancas. É essa a proposta de Antonio Manuel. Que O JORNAL transmita ao público. Para que ele decida.


De zero às 24 horas, 58 x 42 cm, 15 de julho de 1973
Uma exposição proibida no MAM, 1973, época pesada, censura & loucura. Pegar então a exposição censurada, transformá-la em material iconográfico, juntar uns textos, criar uma estrutura de jornal, inventando assim um novo suporte para expor os trabalhos proibidos. Conseguir, por fim, que O Jornal publicasse o resultado num caderno de seis páginas, fazendo com que a exposição funcionasse independente de museu, ditadura, censura etc... Durando 24 horas, o tempo de duração de um jornal.
(texto de Antonio Manuel, do livro publicado pela Funarte)

Lubok


Lubok é uma editora da Alemanha que só publica livros feitos em linóleo, com tiragem de 300 a 500 exemplares. O nome é uma referência aos livros populares do séc. XIX, impressos com xilogravura. Christoph Ruckhäberle e Thomas Siemon são os editores desta série de livros coletivos.

sábado, 13 de março de 2010

Gabriel Borba

Abertura da exposição na Casa Galeria hoje

Marine Hugonnier

ART FOR MODERN ARCHITECTURE


Paper clips extracted from Ellsworth Kelly's book"Line Form Color" onto newspaper front pages
11 unique works made of 6 to 8 frames
Dimensions variable, 2004





Art for Modern Architecture is a series of collages. Cut outs taken from Ellsworth Kelly's book "Line, Form, Color" have been pasted onto the front pages of newspapers bought in the countries where MH was travelling at the time she made these works. Each work is one week. Kelly claimed that art was to be made for public spaces and buildings, thus establishing the modernist utilitarian project of art serving modern architecture. This project renews Kelly's ideas and re-elaborates them with in another medium, that of a newspaper which "architecture" frames everyday life.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Lançamento de livro (RJ)


Dispositivos de registro na arte contemporânea
Luiz Cláudio da Costa [organizador]

Textos de: André Parente, Daniela Mattos, Hélio Fervenza, José da Costa, Katia Maciel, Luiz Cláudio da Costa, Philippe Dubois, Raymond Bellour, Renato Rodrigues da Silva, Roberto Conduru, Sheila Cabo Geraldo e Stella Senra

Nos últimos anos, têm se disseminado cada vez mais a reprodução, a circulação e o reprocessamento das “informações” plástico-poéticas. Tais imagens, a que muitos artistas chamam de “registros” e para as quais rejeitam a condição de obra, constituem uma linguagem cujas atribuições, mas também convenções envolvem acordos institucionais, com consequências para a própria definição do que é e do que deve ser chamado de arte. Os 12 artigos que compõem o livro, precedidos pelo texto de orelha de Rubens Machado Jr., o prefácio de Glória Ferreira e uma detalhada apresentação de seu organizador, examinam e avaliam se as diversas formas de registro da e na arte ultrapassam ou não a simples documentação que elas efetivam na ordem simbólica. Em outras palavras, se elas trazem consigo a possibilidade de atualizar, de maneira singular, a potência das obras a que se referem e se, além disso, conformam hoje um campo que já não coincide com as imagens produzidas pelos próprios artistas. À luz de perspectivas teóricas e críticas diversas, o conjunto dos textos oferece uma importante contribuição para o entendimento dos caminhos que têm sido trilhados pela arte contemporânea em suas relações com o cinema, o vídeo, a impressão de imagens, a performance e o teatro.

José Clemente Orozco

Uma pintura é um
poema e nada mais.

Um poema feito de
relações entre formas,
como outras
categorias de poemas são
feitas de relações entre

palavras, sons ou idéias.
A escultura e a arquitetura
são também relações

entre formas.
Esta palavra forma
inclui cor, tom,
proporção, linha etc

quarta-feira, 10 de março de 2010

Claus Bremer

Pomba, 1968
Poesia concreta alemã, na revista Humboldt

terça-feira, 9 de março de 2010

Alighiero Boetti

Da uno a dieci, 1980
Emme Edizioni, Milano
Artist book. A printed cardboard folder containing 20 loose plates. Size of the box: 25 x 37 cm \ 9,8 x 14,6 inches. Black - white and colour drawings. Italian text by Gianni Jervis.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Guerrilla Girls


Do women have to be naked to get into U.S. museums?
As mulheres precisam ficar nuas para entrar no museu?
Less than 3% of the artists in the Met. Museum are women, but 83% of the nudes are female.
Menos de 3% dos artistas do Metropolitan Museu são mulheres, mas 83% dos nus são femininos.

sábado, 6 de março de 2010

David Reed

#49, 1974
76 x 44 inches
Collection of the Museum of Contemporary Art, San Diego

#42, 1974
76 x 44 inches
Collection Museum of Contemporary Art, San Diego

Pinturas da série Brushstrokes (1974-75). Outras imagens no site do artista.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Dailor Varela



do livro-envelope "não ao não", 1969


Poema com onomatopéia. disponível no site dedicado ao poema-processo

Encontro em Rede

Livro de Artista, Livro Ilustrado e a Edição de Arte

Hoje 4 de março às 16 horas (Colombia e Miami) 22 horas (España) 15 horas (Mexico) 18 horas (Brasil e Argentina) será inaugurada de forma oficial desde a Universidade de Pereira, o Primeiro Encontro em Rede sobre Livro de Artista, Livro Ilustrado e a Edição de Arte.

O evento será transmitido pela televisão online utilizando Justin.tv. Poderíamos utilizar recursos mais complexos do que dispõe esta Universidade, mas preferimos ferramentas que estejam ao alcance de todos e que sejam simples de usar.

Instruções para seguir a retransmissão:
No link: http://www.librodeartista.info/rubrique53 podem ver três canais de tv e seus respectivos chat.

O primero pertence ao coletivo 700REPART e será o canal que retransmitirá o evento de Pereira e seu chat coordenará todas as intervenções.

O segundo pertence a librodeartista.info e através dele saudaremos a rede.

O terceiro é de Felipe Ehrenberg, que nos dedicará umas palavras.

Visite Red librodeartista.info em: http://librodeartista.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

(texto da red libro de artista, traduzido por amir brito)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Constança Lucas







Poemas Visuais de Constança Lucas

A poesia Visual entrou na minha vida quando tinha uns 17 anos e vivia em Lisboa, deparei-me com uma antologia de poesia visual européia, guardo esse pequeno livro até hoje, trinta e dois anos depois, pela informação nele contido, pela empatia tão profunda e pela admiração de me reconhecer nessa forma de comunicação tão intensa que é o poema visual. Duas paixões juntas - a poesia e as artes visuais.

Criei alguns poemas visuais na época e desde lá venho cada vez mais envolvida com a relação da palavra desenhada e do desenho imagem.

Faço uso o computador no processo de criação dos poemas pelas possibilidades gráficas, pela multiplicidade que dá resposta à questão da partilha, um pressuposto importante na minha poesia visual.Os meus últimos poemas visuais têm sido voltados para a reflexão dos receptáculos.Receptáculo local que acolhe, guarda, abriga, recolhe...

O frasco e a chávena são objetos tridimensionais com discursos próprios, cujas formas desenho de memória a partir do meu repertório como observadora desses objetos presentes no cotidiano privado e público da maioria das pessoas. Tenho em consideração as qualidades plásticas e gráficas da linha na construção do desenho de cada um deles. Crio sintaxes gráficas e poéticas sobre experiências visuais e espirituais.

Os desenhos dos receptáculos e os desenhos das palavras fundem-se e formam os poemas visuais.

Constança Lucas

terça-feira, 2 de março de 2010

Regina Melim

A exposição LOJA reúne diferentes tipos de publicações de artistas: livros, revistas, cartazes, postais, fotocópias, adesivos, panfletos, cds, dvds e objetos múltiplos. Acontece entre 5 e 7 de março de 2010 no Beco da Arte (Rua Major Maragliano, 47, Vila Mariana, São Paulo – SP)

Entre os artistas participantes, estão: Alex Cabral, Amir Brito, Ana González, Brígida Baltar, Carla Zaccagnini, Glória Ferreira, Helio Fervenza, Marilá Dardot, Milla Jung, Poro, Paulo Bruscky (veja lista completa na imagem).

A exposição LOJA é uma mostra itinerante que exibe diferentes tipos
de publicações de artista, tais como: livros, revistas, jornais, cds,
dvds, cassetes, vinil, xerox, cartazes, postais, pequenos objetos
múltiplos, adesivos, etc. No período de sua permanência no espaço físico
ocupado, (que pode ser um atelier, uma sala na universidade ou uma galeria
de arte), as publicações ficam à disposição do público para o manuseio,
venda e distribuição gratuita. Fruto de um mapeamento que vem sendo
realizado como pesquisa acadêmica sobre publicações de artistas no Brasil,
cada uma das edições das exposições LOJA traduz-se como uma amostragem das
prospecções feitas sobre este tema. Seu objetivo é suscitar discussões
acerca dos modos de apresentação de uma pesquisa experimental em arte,
cujo formato é o de uma exposição, concentrando-se nos passos de seu
desenvolvimento e nas transformações (que, como bem sabemos, são
constantes). Localizar o debate centrado nessas duas instâncias - pesquisa
acadêmica e exposições -, ambas centradas no processo de seu
desenvolvimento (que continua a cada (a)mostra(gem)), tem possibilitado
visualizar situações que, via de regra, são excluídas. Além do percurso
(restrito quase sempre como produção de bastidor), o cruzamento entre uma
pesquisa realizada na universidade com exposições abertas ao público tem
gerado processos efetivamente mais dinâmicos, acrescidos de algumas
camadas cercadas de uma exterioridade muitas vezes ignorada. Assim, tanto
a pesquisa acadêmica quanto as exposições tornam-se estruturas abertas e
processos contínuos de formulações e debates coletivos, dentro e fora da
universidade. Cada edição de uma exposição LOJA é realizado um encontro
com o público afim de apresentar o projeto que ali está sendo exposto. Ou
seja, a pesquisa sobre o tema publicações de artistas; as publicações de
artistas como dispositivos curatoriais independentes; e a exposição LOJA
como um sistema potencialmente dinâmico e complexo, portador de
retroalimentações nos distintos contextos que circula e habita.

O projeto (que inclui a pesquisa acadêmica e suas exposições)
mas, principalmente, a relação encontrada entre os dispositivos
curatoriais e os formatos expositivos das edições da LOJA, acusam
referências que vão desde as vanguardas experimentais dos anos 1960-70 às
práticas artísticas das décadas de 1990/2000. As ações Fluxus,
sobretudo a primeira “Loja-Fluxus” (Nova York, 1964), “The Store” (Nova
York, 1961) de Claes Oldenburg e “Laboraitore 32” - tempos depois, “Le
Magazin de Ben” - (Nice, 1959), iniciativas de artistas levadas à efeito
durante toda a década de 1960, são referências imediatas para a proposição
de uma exposição cujo formato é o de uma loja. Reflexões acerca de uma
exposição como um espaço móvel e circulante tem sido extraídas do projeto
“La Boîte Volante” da artista francesa Marie-Ange Guilleminot
(Paris,1997-2003), assim como do escritório ou galeria móvel
denominado “Banca” (Rio de Janeiro, 1999-2002) do artista carioca
Helmut Batista.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Folheando

Livros e revistas de artistas em exposição

"Folheando: Quatro décadas de livros e revistas de artista na Espanha"

Será inaugurada no dia 6 de março, às 15h, no Centro Cultural São Paulo, a exposição Folheando: Quatro décadas de livros e revistas de artista na Espanha, que apresentará uma extensa seleção de publicações de artistas espanhóis produzidas ao longo de mais de quatro décadas. Sob a curadoria de José Arturo Rodríguez Núnez, a exposição reúne desde peças históricas, como as de Juan Hidalgo e José Luís Castillejo, integrantes do grupo Zaj, até trabalhos mais recentes de artistas como Lara Almarcegui, Miquel Barceló, Dora García, Antoni Muntadas e Javier Peñafiel. São cerca de 200 peças em exibição, além de 46 livros disponibilizados para consulta.

SERVIÇO:
Exposição Folheando: Quatro décadas de livros e revistas de artista na Espanha
Abertura: 6 de março, às 15h
Visitação: 6 de março a 2 de maio
Horário: terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Entrada franca
Livre


Centro Cultural São Paulo - Sala Tarsila do Amaral
Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso
Informações ao público: 11 3397-4002
www.centrocultural.sp.gov.br